Operação Sangria cumpre oito mandados de prisão e expõe as vísceras carcomidas do governo Wilson Lima

A segunda fase da operação Sangria no  Amazonas, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), escancara as vísceras carcomidas e em estado de putrefação, do governo Wilson Lima, envolvido com algumas patifarias administrativas nesses momentos de covid-19.

A operação Sangria, deflagrada nesta quinta-feira, 08,  e cumpre mandados de prisão temporária contra figuras da mais alta confiança do governador, tais como Gutemberg Leão Alencar, apontado como o braço direito de Wilson Lima, além ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias; a ex-subsecretária de Atenção à Saúde em Manaus, Dayana Priscila Mejia de Sousa; o engenheiro clínico Ronald Gonçalo de Caldas Santos; o médico Luiz Carlos Avelino Junior, marido da ex-secretária de Comunicação Social do Amazonas, Daniela Assayag.

As medidas cautelares, que incluem o sequestro de bens e valores dos investigados, foram determinadas pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e requeridas pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.

Uma vergonha vergonha com todas as redundâncias para um governo que veio com proposta de novo, com desprezo e menosprezo às velhas práticas políticas.

Todos ainda devem lembrar do arroubo moralista de Wilson Lima que, na semana passada, com a voz empostada, declarou, acintosamente, que pela cabeça dele não passava a ideia de lockdow, proposta a ele pelo o prefeito Arthur Neto, temeroso as consequências da nova fase do covid-19.

Todos ainda devem lembrar, também, do tamanho da arrogância do governador que, ao primeiro sinal de superfaturamento no contrato de um prédio da Nilton Lins, para montagem do Hospital de Campanha para tratamento do covid-19, afrontou a justiça ao declarar que seria preciso passar por cima dele para mudar uma decisão sua.

Pois é. Tudo fanfarronice.

O governo Wilson Lima é como sepulcro caiado, bonito por fora e podre por dentro (Mateus 23:27).

De acordo com o MPF, a segunda fase da operação tem o intuito de aprofundar a apuração sobre uma organização criminosa instalada no governo do Amazonas com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender às necessidades da pandemia de covid-19.

Os investigados são suspeitos de práticas como peculato, lavagem de dinheiro e também de promover a dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei.

Para subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo há “uma verdadeira organização criminosa que se instalou na estrutura do governo do estado do Amazonas, com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender às necessidades da pandemia de covid-19”.

Segundo ela, o esquema de compra fraudulenta de 28 respiradores teria movimentado R$ 2,9 milhões, com envolvimento direto da cúpula do poder do estado. Um laudo pericial da PF atesta sobrepreço de 133,67% na compra feita pela Secretaria de Saúde do estado com dispensa de licitação. Os respiradores foram fornecidos por empresa especializada no ramo de bebidas alcoólicas, denominada “Vineria Adega”.

Em uma manobra conhecida como triangulação, uma outra empresa vendeu os respiradores à adega por R$ 2,4 milhões; essa, por sua vez, repassou os equipamentos ao governo do Amazonas por R$ 2,9 milhões. A suspeita de superfaturamento de R$ 496 mil foi registrada pela Controladoria-Geral da União, assim como o direcionamento da venda.

Leia decisão na íntegra que autorizou as 8 prisões aqui

Leia matéria completa do MPF aqui

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