Os cinco matadores do sargento PM Camacho são condenados a 21 anos de prisão cada um

A juíza Andréa Jane Silva de Medeiros, titular da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), condenou cinco dos nove acusados de serem os responsáveis pela morte do policial militar Afonso Camacho Dias. O crime ocorreu no dia 17 de julho do ano passado, no estacionamento de um banco, no bairro Educandos, zona Sul de Manaus. No total, as penas somadas ultrapassam os 100 anos.

No decorrer do processo, dois acusados faleceram – Pedro Amorim de Oliveira e Kelvin Gamenha Peixoto. Com isso, a magistrada concluiu o processo com a condenação dos réus Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos, Fabrícia Alves da Costa, Sérgio Silva de Sales, Rogério Santos Nogueira e Alex Sandro Santos de Castro. Carlos Thiago Teixeira da Silva e Luiz Paulo do Nascimento foram absolvidos.

Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos foi condenado a 21 anos de reclusão, porém, considerando a confissão espontânea e a menoridade relativa, a pena foi reduzida para 20 anos de reclusão.

Fabrícia Alves da Costa também foi condenada a 21 anos de reclusão, com redução para 20 anos, por ter confessado o crime. A mesma pena foi aplicada a Sérgio Silva de Sales, mas como houve a confissão, a pena foi reduzida para 20 anos.

Rogério Santos Nogueira foi condenado a 21 anos e três meses de reclusão, mas como o réu confessou o crime, a pena baixou para 20 anos. Alex Sandro Santos de Castro foi condenado a 20 anos de reclusão, tendo a pena reduzida para 19 anos.

Em todas as condenações desconta-se os dias que os réus já passaram presos a partir do momento em que a Justiça determinou as respectivas prisões preventivas.

A Juíza Andréa Jane Silva de Medeiros negou aos réus condenados o direto de recorrer da sentença em liberdade.

Entenda do caso

De acordo com o Ministério Público Estadual (MP), por volta das 14h57, do dia 17 de julho de 2015, na avenida Leopoldo Peres, bairro Educandos, no estacionamento de uma agência bancária, o sargento PM Afonso Camacho Dias foi atingido com diversos tiros. Ele havia acabado de sacar a quantia de R$ 59.720,00 na agência. A quadrilha levou do sargento o dinheiro, uma pistola e um aparelho celular. O sargento foi morto em uma emboscada, pois, de acordo com as testemunhas, a quadrilha obteve informação de que ele efetuava saques em dinheiro para um empresário no banco do Educandos de forma rotineira.

Poucos dias após a morte do sargento, ao menos 23 homicídios foram registrados em Manaus, numa série de assassinatos considerada ação de represália à morte do PM. O Ministério Público chegou a conclusão que 15 policiais militares teriam participação nas mortes. Os processos correm na 3ª Vara do Tribunal do Júri. Nesta terça-feira, 19, os réus deste processo começam a ser ouvidos pelo juiz Mauro Antony. Ao todo, são 18 réus e o MP desmembrou em três processos, sendo o primeiro deles com 11 réus; o segundo com quatro; e outro com três.

 

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