Na vida de um técnico do Flamengo, o Maracanã virou um tribunal e o torcedor, o carrasco. Oswaldo de Oliveira, que reestreia hoje, às 16h, contra o São Paulo, sabe bem o que é isso. Em 2003, durante sua última passagem, viveu a pressão que parece dar aos treinadores do Flamengo um prazo de validade menor do que os dos demais clubes.
Desde 2003, a média é de 2,6 técnicos por ano na era dos pontos corridos, com 34 profissionais tendo comandado o Flamengo. É mais que Vasco, Fluminense e Botafogo. E supera também, por exemplo, os clubes paulistas como Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Cristóvão foi a última vítima do caldeirão que o Maracanã se tornou recentemente. A impaciência diante da falta de resultados e de boas exibições motivou a troca de sete treinadores na atual administração. Para a diretoria, o prejuízo não foi grande, já que apenas Dorival Júnior tem ação trabalhista na Justiça contra o Flamengo.
Dentre os demais, nenhum débito em aberto. Em campo, porém, campanhas pífias no Brasileiro, sem alcançar o G-4 há exatos sete turnos. O oitavo turno começa hoje, com técnico novo, e a estratégia de Oswaldo de Oliveira é tentar acalmar o carrasco.