A Polícia Civil do Amazonas apresentou na manhã deste sábado, dia 23, Arthur Gomes da Silva, conhecido como “Bera”, Erinei Ferreira da Silva, 28, chamado de “Alfinete”, e Jardel Pinheiro Gomes, 19, o “Kael”, e um adolescente de 17 anos, envolvidos no latrocínio da esportista britânica Emma Kelty, que tinha 43 anos. Os pertences da vítima, subtraídos pelos infratores na ocasião do delito, e recuperados pela polícia, foram exibidos durante a coletiva.
O crime ocorreu no dia 13 de setembro deste ano, na ilha do Boeiro, situada no Comunidade Lauro Sodré, município de Coari (AM).
O delito foi praticado por sete indivíduos usuários de drogas, chamados de “Ratos d’Água” que atua nos municípios de Coari e Codajás , roubando mercadorias, cometendo homicídios e ligado ao tráfico de drogas.
Conforme o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, as investigações continuam até todos os envolvidos no crime estarem presos. “Hoje temos a satisfação de comunicar a população da capital, interior, imprensa nacional e internacional que um grande passo foi dado nas investigações em torno do caso do latrocínio da britânica Emma Kelty. Temos as prisões de três indivíduos e a apreensão de um adolescente que participaram efetivamente do latrocínio da britânica. O nosso objetivo agora é prender os dois indivíduos que ainda estão foragidos”, declarou Frederico Mendes.
Os quatro infratores chegaram em Manaus na tarde da última quinta-feira, dia 21, por volta das 16h, no Aeroclube de Manaus, no bairro Flores, na zona Centro-Sul da cidade. Dois, dos sete transgressores continuam foragidos: Erimar Ferreira da Silva, o “Chico”, e Erenilson Ferreira da Silva, conhecido como “Zé Preto”. Os dois elementos já tiveram as prisões preventivas decretadas e estão sendo procurados pela polícia.
O titular da DIP de Coari, informou que as oitivas das testemunhas e dos autores do crimes foram realizadas unidade policial daquele município. A autoridade policial revelou detalhes dos depoimentos. “Durante as investigações, foi constatado que Emma, ao chegar próximo ao local onde iria acampar, conversou com alguns ribeirinhos da região. Na ocasião eles a convidaram para dormir na casa deles, porém devido ao idioma, ela não entendeu e por fim decidiu acampar no lugar onde aconteceu o crime”, disse José Afonso Barradas.
Barradas destacou que já foram recuperados um celular, a câmera modelo GoPro e um chip eletrônico roubados da vítima. A canoa utilizada pelos infratores, o caiaque utilizado pela britânica e os pertences dela recuperados, chegaram em Manaus na manhã da última quinta-feira, para serem periciados, com a finalidade de encontrar material biológico da vítima.
Durante a coletiva o delegado geral-adjunto da instituição, destacou o empenho da força-tarefa utilizada para elucidar as circunstâncias do fato, bem como prender os envolvidos. “Quero ressaltar aqui o trabalho de integração que houve entre a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMA), a Polícia Militar e o Comando do 9° Distrito Naval (Com9ºDN), que subsidiou apoio logístico. Novidades surgem a todo momento e vamos delinear bem para concluir com o êxito o Inquérito Policial”, concluiu Martins.
“Bera”, “Alfinete” e “Kael” serão levados ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). Já o adolescente irá responder por ato infracional análogo ao crime de latrocínio. Representantes do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) deram parecer favorável à internação do menor infrator em uma unidade de internação provisória na capital.
Entenda o caso
No último dia 13 de setembro, por volta das 22h, uma empresa ligou para o Comando do 9° Distrito Naval (Com9ºDN) informando que o localizador de emergência da britânica Emma Kelty, que estaria realizando canoagem esportiva no Rio Solimões, havia sido acionado. Na manhã de quinta-feira, dia 14, a Marinha do Brasil iniciou as buscas para tentar localizar a britânica. Já na tarde de sexta-feira, dia 15, alguns objetos de Emma Kelty, como roupas, sapatos e o caiaque foram encontrados na Comunidade Lauro Sodré.
No último domingo, dia 17, a Marinha do Brasil encaminhou os objetos ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi realizado o Auto de Exibição dos materiais. Na DIP de Coari foi instaurado um Inquérito Policial (IP), de nº 44/2017, para investigar o caso.
A Polícia Civil do Amazonas, assim que foi acionada pela Marinha do Brasil, enviou uma equipe, composta por sete investigadores lotados no Departamento de Polícia do Interior (DPI), quatro investigadores que atuam na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e dois escrivães da instituição, ao município de Codajás para auxiliar nas diligências em torno do caso.
O delegado-geral adjunto, Ivo Martins; o diretor do DPI, delegado Mariolino Brito; o delegado Raphael Campos, adjunto da DEHS; e o delegado Paulo Gadelha, titular da v79ª DIP de Anori, município distante 195 quilômetros em linha reta de Manaus, também estiveram nos municípios de Codajás e Coari para ajudar nas investigações.