Reportagem trazida do acervo do jornal O Estado de São Paulo, publicada no dia 17 de agosto de 1985, a então deputada e atriz, Bete Mendes, traz informações reveladoras referentes a atuação do Coronel Ustra durante o período de regime militar, instalado no Brasil em 1964. De acordo com a reportagem, Bete Mendes teria reconhecido Ustra, o seu torturador, na embaixada brasileira no Uruguai, onde, à época, atuava como adido militar em Montevidéu.
De a reportagem extraída do acervo do Estadão, tão logo a parlamentar retornou ao Brasil escreveu uma carta ao presidente Sarney denunciando o ex-torturador.
Em um trecho da carta, Beth Mendes escreve:
“Digo-o, presidente, com conhecimento de causa: fui torturada por ele (Ustra). Imagine, pois, vossa excelência o quanto foi difícil para manter a aparência tranquila e cordial exigida pelo cerimonial: Pior que o fato de reconhecer meu antigo torturador, foi ter de suportá-lo seguidamente a justificar a violência cometida contra pessoas indefesas e de forma desumana e ilegal como sendo para cumprir ordens e levado pelas circunstâncias de um momento”.
E continua:
Por isso, denuncio-o aqui. E peço, como vítima, como cidadã e como deputada federal, providências imediatas que culminem com o afastamento desse militar das funções que desempenha no vizinho país.
Após receber a carta, Sarney demite Ustra.
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