O processo de seleção de 1,5 mil voluntários que atuarão nos jogos olímpicos em Manaus começa no próximo dia 20 e termina dia 14 de novembro, na Faculdade Estácio da Amazônia, unidade Djalma Batista (Av. Djalma Batista, nº 122, Parque 10).
Os candidatos serão entrevistados por uma equipe do Comitê Rio 2016 e os selecionados atuarão na Arena da Amazônia, que receberá seis jogos do torneio de futebol durante as Olimpíadas 2016. Cerca de 70 mil pessoas irão participar espontaneamente do evento em todo Brasil.
Os interessados em fazer parte deste time ainda poderão inscrever-se até 31 de outubro, no site www.rio2016.com/voluntarios. É recomendado que o candidato tenha concluído o Ensino Fundamental, tenha 18 anos completos até 28 de fevereiro de 2016 e esteja disponível para atuar no mínimo por dez dias no período dos Jogos Rio 2016.
No ato da inscrição é necessário preencher o cadastro da lista de espera. No caso de Manaus, todos os inscritos terão a inscrição efetivada durante o processo de seleção, de 20 de outubro a 14 de novembro.
Os candidatos poderão atuar em nove áreas diferentes. São elas: Serviços de saúde; Esportes; Imprensa e Comunicação; Apoio operacional; Protocolo e idiomas; Transportes; Atendimento ao público; Tecnologia e Produção de cerimônia. A partir de novembro, os voluntários selecionados começarão a receber carta-convite com informações sobre a área e função que irão desempenhar. O candidato pode acompanhar o processo de seleção no portal do voluntário, no endereço: portaldovoluntario.rio2016.com.
A gerente do Programa de Voluntários Rio 2016, Flávia Fontes, explica que ser voluntário é uma experiência enriquecedora sob vários aspectos. “A oportunidade de conhecer novas pessoas, interagir com visitantes de outros países, participar do maior evento esportivo do mundo e ajudar as pessoas são alguns dos atrativos” disse. A psicóloga Lisiane Thompson, 49, e a jornalista Patrícia Ferreira, 29, atuaram em 2014 como voluntárias durante a Copa do Mundo no Brasil e são bons exemplos disso.
A gaúcha Lisiane Thompson mora em Manaus há dez anos e, para ela, ter sido voluntária na capital amazonense foi bastante gratificante. “Esta foi uma das experiências que mais marcaram minha vida. O que aprendi no voluntariado fortaleceu ainda mais os meus valores como pessoa e eu pratico até hoje. Motivação e responsabilidade são um dos exemplos. A expectativa é bem maior para as Olimpíadas. Estou ansiosa para reviver esta adrenalina”, disse.
Já para a manauara Patrícia Ferreira, esta foi uma oportunidade de aprimorar o trabalho e praticar melhor o inglês. “Sempre tive vontade de desenvolver a conversação e esta foi a situação ideal para isso, pois pude ter contato com pessoas do mundo todo. Desta vez, vou me dedicar ainda mais para que os Jogos Olímpicos em Manaus sejam um sucesso e com a repercussão bem maior do que foi na Copa” disse.
Lisiane e Patrícia trabalharam no Centro de Mídia, na recepção e orientação da mídia internacional. Para elas, a experiência foi essencial para o amadurecimento e crescimento profissional e, por isso, resolveram ser voluntárias também nas Olimpíadas 2016. “Às vezes nem percebíamos que éramos voluntárias por que nossos coordenadores depositavam muita confiança no nosso trabalho”, lembrou Lisiane. “Ao mesmo tempo em que nos davam tarefas, éramos cobradas por isso. E deu certo: tanto é que Manaus foi reconhecida como a cidade mais hospitaleira da Copa, ou seja, fomos valorizados pelo esforço em fazer o trabalho com qualidade” acrescentou Patrícia.
Ainda de acordo com Flávia Fontes, não é obrigatório saber falar outro idioma para ser voluntário. “Algumas funções exigem essa habilidade, mas não todas. Vale lembrar que todos os candidatos a voluntário terão a oportunidade de estudar inglês na plataforma online do nosso parceiro English First”, explicou. A gerente do programa orienta ainda que o ideal é negociar férias ou folga com o empregador, caso o voluntário trabalhe, para que o candidato possa desempenhar as funções com tranquilidade durante o período dos jogos.