Há quatro anos, na Copa América disputada na Argentina, Brasil e Paraguai fizeram um jogo curioso pelas quartas de final: os times ficaram no 0 a 0 no tempo normal e a Albirroja avançou nos pênaltis com uma vitória por 2 a 0 – com o rival incrivelmente desperdiçando quatro cobranças. Neste sábado, as equipes se enfrentam mais uma vez em condições incertas e novamente para decidir vaga na semifinal do torneio continental.
O confronto está marcado para as 18h30 (de Brasília), no Estádio Municipal de Concepción. É difícil fazer previsão para o resultado porque o Paraguai, que chegou à competição para iniciar um processo de reconstrução, fez boa campanha: arrancou empate contra Argentina e Uruguai, além de vencer a Jamaica. Classificou-se invicto. Já o Brasil, naturalmente favorito, sofreu para vencer o Peru, perdeu para a Colômbia e não pode contar com Neymar, seu principal jogador, suspenso. “O Brasil tem de jogar como gosta. Ir para cima do adversário, sem medo, tendo o controle do jogo. Em alguns momentos, o adversário vai vir para cima. Aí, teremos de marcar certo, estar bem compacto, para sair no contra-ataque. É ficar bem concentrado. Os detalhes fazem a diferença nestes jogos”, afirmou o meia Willian, minimizando o desfalque de Neymar: “É indiferente. Jogo da mesma maneira, da mesma forma.”
Do lado da Albirroja, o discurso é de respeito ao rival. “O Brasil segue extremamente perigoso mesmo sem Neymar”, afirmou. “Eles tiveram momentos em que não jogaram tão bem, mas em torneios curtos são os resultados que contam. Eles têm bons momentos na bola parada e são muito perigosos.” Em 2011, os paraguaios chegaram à final, apesar de empatar todos os jogos da competição – na decisão, foram derrotados pelo Uruguai. O time não é campeão da Copa América desde 1979. O jejum brasileiro é menor (foi campeão em 2007), mas o fato de sequer ter chegado à semifinal de 2011 faz com que as expectativas aumentem. “O Brasil é o favorito, mas nós temos que estar confiantes e fazer um jogo perfeito para avançar para as semifinais”, disse o volante Victor Cáceres, preocupado com a marcação. “Temos que jogar perfeitamente contra o Brasil. Nós somos fortes pelo alto e nós temos que marcar de perto os jogares brasileiros, antecipando eles para evitar problemas”, complementou.