O mistério sobre a morte de diversas prostitutas na cidade de Maringá, no Paraná, que intrigava a população desde 2005, parece ter sido finalmente resolvido na tarde desta quinta-feira.
Por volta das 18h, a Polícia Civil prendeu Roneys Fon Firmino Gomes, 40 anos, no bairro Vila Operária, acusado de ter assassinado, ao menos, oito mulheres durante esse período.
Na Delegacia de Homicídios de Maringá, o desempregado confessou os assassinatos.
Um mandado de prisão preventiva foi expedido contra o homem, que será interrogado pela polícia nesta sexta-feira. O suspeito tinha passagens na polícia por roubo, receptação e furto e foi indiciado por homicídio qualificado.
De acordo com o delegado-chefe da Divisão Policial do Interior do Paraná, Osmir Ferreira Neves, todos os corpos das vítimas eram encontrados em circunstâncias similares, no mesmo local – ao lado de uma torre de transmissão de energia na Zona Rural de Maringá. Por conta disso, o criminoso ganhou na cidade o apelido de “maníaco da torre”.
– As vítimas eram sempre encontradas nuas, com as pernas e braços abertos, com o abdômen para cima. Alguns corpos eram encontrados em estágio avançado de decomposição, outros não. Todas as vítimas do serial killer eram prostitutas. Na delegacia, o suspeito afirmou que todos os corpos de mulheres encontrados nesse local e nessas circunstâncias foram mortas por ele. Vamos interrogá-lo na tarde desta sexta para apurar mais informações – afirmou o delegado.
Segundo o delegado, a polícia chegou até o homem após um proprietário rural localizar mais um corpo ao lado de uma torre de transmissão na segunda-feira. A vítima foi Maria Josiane dos Santos, de 36 anos, morta por asfixia no domingo.
Dessa vez, o criminoso foi menos cuidadoso e, ao fugir, deixou um pedaço da lataria de seu carro próximo às vestes da vitima. Policiais da Delegacia de Homicídios de Maringá realizaram perícia no local e, nesta quinta-feira, conseguiram chegar até o dono do veículo.
– Quando chegaram na casa do suspeito, ele não estava, mas foi localizado depois, após seu advogado entrar em contato com a polícia. Na delegacia, apresentou um falso álibi, que foi logo desconstruído pelos policiais. Depois, acabou confessando os crimes – explicou.
Segundo o investigador da DH de Maringá Márcio Donato, o ódio de Roneys por prostitutas teria origem em seu passado.
– Ele disse que a mãe dele era prostituta e que foi assassinada quando tinha sete anos. Mas a informação ainda não foi confirmada – afirmou.