O Prefeito reeleito de Nhamundá (AM), Nenê Machado (PROS), foi denunciado à Justiça Eleitoral por um fato – melhor curiosidade – no mínimo sui generis: o filho do prefeito aparece na prestação de contas eleitoral do mesmo como doador de campanha.
Até aí, tudo bem. O problema é que o doador tem apenas sete anos de idade e pelo andar da carruagem já é dono de um patrimônio financeiro capaz de meter a mão no bolso e tirar R$ 3 mil para a campanha do pai.
De acordo com o documento obtido pelo portal ‘deAmazônia’, a prestação de contas finais do prefeito apresenta terríveis contradições, equívocos propositais, omissões dolosas e flagrantes doações ilícitas.
Conforme informações obtidas na página do TRE/AM, entre os colaboradores de campanha de Nenê Machado, consta o nome do menino que, por força lei, terá o nome preservado.
A denúncia foi ajuizada pelo vereador Marcinaldo Santos (PMN), um dia após o prefeito apresentar a sua prestação de contas registrada no Diário Eletrônico do TRE/AM, no dia 05 de outubro.
O advogado do vereador, Antônio Monte Junior, relata que que Nenê teria apresentado oito prestações de contas à Justiça Eleitoral e que em nenhuma delas ocorreu retificações, sobre prováveis erros de lançamentos contábeis ou financeiros.
“A doação foi feita pelo próprio pai do menor, por este ter apenas sete anos. Cita ainda que o menor recebe a título de pensão alimentícia da prefeitura a quantia de R$ 1 mil mensais”, diz o advogado na peça jurídica.
A representação, com pedido de liminar pela desaprovação das contas e também de impedimento de diplomação, foi recebido pelo então juiz eleitoral Claudio Chaves, que abriu vistas para o parecer do Ministério Público Eleitoral.
Agora o caso está sendo julgado pela nova juíza Eleitoral da Comarca, Roseane Jacinto do Vale Cavalcante. O juiz Cláudio Chaves foi transferido para o município de Tefé.
