Tororó dispara em todas as direções no último debate em Manacapuru

O segundo debate realizado pela Rádio Palmeira FM 102,1 com os seis candidatos que disputam o cargo de prefeito de Manacapuru (AM) foi marcado notadamente por dois fatos.

O primeiro, diz respeito à ensurdecedora queima de fogos promovida pela equipe precursora do candidato Beto D’Ângelo no momento que o nome do mesmo foi anunciado pelo mediador do debate.

Claro que a pirotecnia e outras cositas mais são instrumentos de manipulação eleitoral mais do que corriqueiros em campanhas eleitorais. Menos em período de crise. Tanto é assim, que o milionário pecuarista, candidato Angelus Figueira, dono do maior banco genético de gir leiteiro de Uberaba, a terra do zebu, não teve direito à esse privilégio.

O segundo fato, bastante evidenciado durante o debate, foi confronto dos cinco candidatos com o prefeito e candidato Jaziel Nunes de Alencar Tororó (PMDB).

Ao contrário do último debate, que o mesmo preferiu ficar na retaguarda, enquanto era fustigado por seus adversários, Tororó não tirou o dedo do gatilho e atirou para todos os lados.

O primeiro alvo foi a candidata Andréa Cidade, que questionou Tororrró sobre a saúde do município.

“O seu pai é deputado estadual, amigo, e defensor do governador. Em momento algum, jamais, o seu pai moveu uma única palha em favor da saúde do município. Candidata, cuidar de peixe não é a mesma coisa que cuidar de gente”, disparou Tororó, em alusão aos criadouros do deputado instalados em terras do município.

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O vereador e candidato Beto D’Ângelo ainda tentou surfar na mesma onda de Andréa Cidade, mas logo desabou em águas revoltas na primeira tentativa de desequilibrar o debate.

“O candidato fala em eficiência, fala em moralidade e em respeito à população. Por que o senhor, na condição de vereador e de amigo do governador preferiu declarar voto de silêncio em vez de pedir ao governo que  investisse na a saúde no município? Por que o senhor nunca manifestou na Câmara dos Vereadores contra o imobilismo do governo que tirou as ambulâncias e os remédios de Manacapuru”? indagou.

Beto D’Ângelo tentou reagir ao dizer que iria acabar com as cassações de mandatos, mas a réplica foi imediata. “O senhor tinha mesmo que ser cassado. Durante meses como vereador o senhor recebeu de duas fontes. Isso é crime. Recebeu da Polícia Militar e da Câmara e até hoje não devolveu”, denuncia.

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Beto D’Ângelo, entretanto, continuou na ofensiva e disparou com  contundência, novamente, na saúde do município. “O seu amigo governador prometeu construir um novo hospital em Manacapuru e a única coisa que fez, com a sua ajuda, foi enterrar uma placa de inauguração. O seu governador decretou a falência da saúde no estado. Eu, não. Ao contrário de outros municípios, como Parintins, o nosso hospital está de portas abertas”.

O pecuarista e candidato Angelus Figueira, também, jogou pesado, disse que Tororó era um prefeito mal avaliado e que a saúde em Manacapuru nunca esteve estado tão deplorável como agora.

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“Eu não sou prefeito de 16 anos e muito menos precisei do “tapetão”  para chegar ao cargo. Eu sou prefeito de apenas dois anos. Construí duas UBS e outras seis estão em construção. Hoje, o interior é assistido por uma UBS Fluvial, construída durante o meio governo”, contra-atacou. “Candidato, eu posso até ser mal avaliado, mas não mexi no dinheiro do Fundo de Aposentadoria dos Servidores de Manacapuru. E a consequência desse saque, candidato, muitos terão dificuldade em se aposentar”, lamenta.

Participaram do debate, também, os candidatos Paulo Freire e Sidney Seixas.

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