O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira, 25, em Manaus, da solenidade de entrega de medalhas da Olimpíada Internacional de Matemática, disputada no Japão, aos alunos do Colégio Militar da Polícia Militar 5 (CMPM 5) que foram destaque na competição.
A premiação e o consequente reconhecimento aos valores do estudante brasileiro com todas as suas dificuldades estruturais e políticas vem depois de duras críticas a estudantada brasileira que ganhou e gritou alto, a plenos pulmões, em protesto ao corte de recursos às universidades públicas.
Revoltado com a explosão do protesto do dia 15 de maio, Bolsonaro protestou, também, e forte e disse que, eles, os estudantes, não sabiam o resultado de 8 vezes 7 e a fórmula da água.
Hoje, tais declarações, revelam-se falsas, contraditórias. Bolsonaro não só reconheceu o valor do estudante brasileiro, mas os paparicou diante da horaria pela participação e conquista de três medalhas na Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras – World Mathematics Invitational 2019, ocorrida de 15 a 19 de julho na cidade de Fuokohama, no Japão.
É claro que as medalhas trazidas de Fuokohama por três estudantes brasileiros e do Amazonas de nada serviram para mudar os projetos de Bolsonaro reservados à Educação. Na realidade, Bolsonaro odeia a Educação. Ele e muitos de seus ministros, que não param de maltratar a “Última flor do Lácio, inculta e bela”.
Um dia antes de chegar a Manaus, o sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam) foi invadido por determinação do Exército Brasileiro, segundo revelaram três policiais pertencentes à Polícia Rodoviária Federal.
Hoje, mesmo, Bolsonaro chocou a Geometria ao falar que “o triângulo entre Rio, São Paulo e Brasília é quase uma linha reta” e que a “soma dos catetos se aproximada da hipotenusa”.
Muito bem, após à solenidade de entrega de medalhas, Bolsonaro deu entrevista coletiva e criticou os danos referentes à destruição da Amazônia divulgados pelo Inpe.
Para Bolsonaro, a Amazônia é o futuro do Brasil. Ele classificou as informações do Inpe como mentirosas e fruto da propaganda de maus brasileiros interessados em desgastar a imagem do Brasil no exterior.
Sobre o hackeamento do telefone, Bolsonaro diz não estar preocupado e que, na condição de capitão da reserva, disse que sempre tomou o cuidado nas informações estratégicas.
“Questão estratégicas, como a da Venezuela, por exemplo, são tratadas pessoalmente e não por telefone.
