Depois do fracasso da Indústria de Pesca, do 3º Ciclo e da “revolução do machado e do motor de popa Amazonino é diplomado governador

O “caboco” Amazonino de Armando Mendes, o “Negão, beirando os 80 anos de idade, amante de tucumã, muita pimenta e alho in natura na mesa, será diplomado nesta segunda-feira, 02, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), governador o Estado.

Eleito no dia 27 de agosto, em eleição suplementar, disputada com um fragilíssimo candidato, Braga, alvo de duras acusações geradas no âmbito da “Lava Jato”, Amazonino será uma espécie de governador “tampão” e mal terá tempo de sentar na cadeira do Palácio da Compensa na medida que o mesmo terá tão somente um ano e três meses para governar.

Para o seu quarto mandato, ele chega bem ao estilo do velho populista fanfarrão. “Ninguém se iluda com a minha idade. Eu sou um revolucionário, nasci revolucionário”, dizia o novo governador como um autêntico cacique político, daqueles que no Amazonas são conhecidos como “coronéis de barranco”.

Ser um revolucionário, aliás, sempre foi o grande sonho do velho “caboco” de boa cepa das barrancas do Juruá. Leu Karl Marx nos anos idos do Colégio Estadual do Amazonas, estudou oratória e, na efervecência da ditadura militar, foi para as ruas em defesa da liberdade.

Foi preso em Manaus e julgado e inocente por uma corte militar em Belém (PA). Jamais pegou em armas, como José Dirceu, Dilma Rousseff, Carlos Lamarca, Marighella e não amargou nos porões da ditadura a truculência e a falta de liberdade como Mário Lago, Carlos Imperial, Bete Mendes e tantos e tantos outros que não hesitaram defender à custa da própria vida a democracia, a liberdade e o estado de direto da nação brasileira.

Como prefeito nomeado pelo então governador Gilberto Mestrinho, em 1983, antes mesmo do fim da ditadura, até que tentou passar à população a imagem de um administrador comprometido em revolucionar a história política da bélle epóque com o intenso trabalho e dar a Manaus os ares de uma cidade moderna.

Colocou Domingos Leite (falecido) para a execução da “grande obra revolucionária”. Desentupir bueiros, limpar igarapés ao longo das longas (para ser bem enfático) palafitas, asfaltar ruas e avenidas, doar kits madeira/telha nas favelas da cidade, rederam bons dividendos ao jovem prefeito que não teve dificuldade para se eleger governador do Amazonas.

No auge de sua carreira política, a chama alimentada pelo o desejo revolucionário libertário de um jovem estudante secundarista, que impressionava com a contudência de seus dicursos e de sua voz rouca, volta a se aflorar com invulgar intensidade.

Duas propostas bombásticas ganham as principais páginas dos jornais da cidade. O Amazonas teria a sua primeira indústria de pescado. Sem qualquer planejamento, o projeto foi por águas abaixo e sequer chegou a ser gestado por falta de suporte financeiro.

O segundo e mais empolgante, prometia a “revolução da troca do remo pelo motor rabeta e do machado pela motosserra”.

Dezenas, centenas, milhares dessas engenhocas made in China invadiram o interior do Amazonas e uma enxurrada de criticas ambientalistas de toda parte do Planeta caíram, devastadoras, sobre o cabeça do Negão.

A revolução não pasaou de pífia manobra de massa e de marketing político.

Em seguida, agora governador pela segunda vez, veio o “Terceiro Ciclo”, a quem ousou chamar, também (para rimar) de revolução.

Feito à toque de caixa e a marreta, o tal projeto ignorou a todos e não mereceu uma palavras sequer da Universidade Federal do Amazonas e dos órgãos de pesquisa.

Resultado: o Terceiro ciclo foi um vexame verde-amarelo baré e como não poderia ser diferente rendeu, milhares, milhões de dólares aos fornecedores de enxada, ancinho, insumos para a agricultura, trator, etc., etc., etc. e tal.

Pior, os prefeitos do interior do estado meteram a mão e roubaram o que puderam para os seus bolsos e para futuras campanhas políticas.

Revolução não faz se em berço esplêndido, sonhando com o nirvana. Revolução exige estudo, planejamento, ousadia, sacrifício e firmeza de propósito.

Mas nem tudo está perdido, embora o novo governador esteja a milhões de anos luzes de ser um revolucionário. Quem sabe que nesses 13 meses de governo consiga restabelecer, sem devaneios, a ordem e moralidade pública tão necessárias para o fortalecimento do estado e felicidade do povo amazonense. Fonte/Fatoamazonico

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Dados não oficiais chegados há pouco na redação do REPORTER dão como certo os seguintes nomes para comporem o secretariado do novo prefeito

1- Bosco Saraiva – Secretário de Segurança.
2- Cel. Amadeu Soares – Secretário Executivo.
3- Mariolino Brito – Delegado Geral.
4- Alberto Petronio – Delegado Geral Adjunto.
5- Paulo Vital – Detran.
6- Janaína Chagas – SEJEL.
7- Celes Borges – SECOM.
8- Sidney Leite – SEDUC.
9- Francisco Deodato – SUSAM.
10- Oswaldo Said – SEINFRA.
11- Dan Camara – Comandante Geral da PMAM.

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