Exército mantém solenidades sobre 1964, mas aguarda pareceres jurídicos

Reinaldo Azevedo – Em ofício urgente distribuído aos comandos militares nos estados e a diversas outras unidades, o Comando do Exército orientou a manutenção das “solenidades previamente agendadas relativas ao” golpe de 1964, mas informou que aguarda pareceres jurídicos de dois setores a respeito do assunto.

A circular é uma orientação do Comando a respeito da mensagem enviada nesta quarta-feira (27) pelo MPF (Ministério Público Federal) a diversas unidades militares pela qual o órgão recomenda que os militares se abstenham “de promover ou tomar parte de qualquer manifestação pública, em ambiente militar ou fardado, em comemoração ou homenagem ao período de exceção instalado a partir do golpe milita.

A circular é uma orientação do Comando a respeito da mensagem enviada nesta quarta-feira (27) pelo MPF (Ministério Público Federal) a diversas unidades militares pela qual o órgão recomenda que os militares se abstenham “de promover ou tomar parte de qualquer manifestação pública, em ambiente militar ou fardado, em comemoração ou homenagem ao período de exceção instalado a partir do golpe militar de 31 de março”.

As comemorações sobre a data foram estimuladas pelo presidente Jair Bolsonaro e provocaram a reação do MPF. Na mesma comunicação às unidades militares, o MPF indicou um prazo máximo de 48 horas para que os responsáveis se manifestassem sobre a intenção de comemorar o golpe militar de 31 de março.

Bolsonaro e provocaram a reação do MPF. Na mesma comunicação às unidades militares, o MPF indicou um prazo máximo de 48 horas para que os responsáveis se manifestassem sobre a intenção de comemorar o golpe.

No ofício distribuído pelo Comando do Exército também na quarta-feira, o órgão informa aos comandantes nos estados que “as Consultorias Jurídicas do Ministério da Defesa e as Consultorias Jurídicas-Adjuntas das Forças Armadas estão elaborando pareceres sobre o tema, os quais estarão prontos no prazo assinalado pelo MPF para resposta”. O ofício é assinado pelo general de brigada Francisco Humberto Montenegro Junior, chefe interino do gabinete do comandante do Exército, o general Edson Pujol.

“As autoridades militares para as quais as recomendações foram dirigidas devem aguardar a conclusão dos supracitados pareceres jurídicos, que servirão de subsídios para as respostas a serem enviadas ao MPF”, diz a circular do Comando. (…) Por Rubens Valente, na Folha

Artigo anteriorSem rumo e à deriva, Wilson Lima promove acanhada mudança na estrutura do governo com vista à “otimização” da máquina pública
Próximo artigoJuiz marombeiro usa dinheiro público para treinar fantasiado de Superman