Flávio Bolsonaro se diz vítima de grupo político que perdeu última eleição

PODER 360  – O senador e filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse neste sábado (20.jun.2020), por meio de nota, que é vítima do grupo político que perdeu as eleições de 2018. Este estaria patrocinando uma campanha de difamação contra o senador para tentar reaver o poder.

“Apesar dos incessantes ataques à sua imagem, Flávio Bolsonaro continua a acreditar na Justiça. Ele reafirma inocência em qualquer das acusações feitas por seus inimigos e garante que seu patrimônio é totalmente compatível com os seus rendimentos. Tudo ficará inequivocamente comprovado dentro dos autos. A verdade prevalecerá”, disse a mensagem enviada pela assessoria de imprensa do congressista.

Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro, foi preso preventivamente na 5ª feira (18.jun) em Atibaia, no interior de São Paulo. Queiroz estava em 1 imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio e de Jair Bolsonaro. Eis a íntegra da decisão que autorizou a prisão preventiva de Queiroz (25 MB).

O advogado do senador negou que tenha escondido Fabrício Queiroz, que é investigado por supostamente comandar esquema de ‘rachadinha’ na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Flávio disse no dia da prisão, em seu Twitter, que a prisão de seu ex-assessor foi 1 ataque a seu pai, o presidente Jair Bolsonaro: “Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro”, escreveu. O senador disse que encara o caso com “tranquilidade”.

“A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, afirmou.

Já na 6ª feira (19.jun), o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) pediu a intimação do senador para depor nas investigações que apuram suposto vazamento de operações da Polícia Federal sobre o relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que cita movimentações financeiras atípicas atribuídas a Fabrício Queiroz.

Como dispõe de foro privilegiado, o congressista tem 1 mês para marcar o depoimento a partir da data de recebimento do documento.

A investigação foi aberta depois que Paulo Marinho, suplente do senador, afirmou que Flávio Bolsonaro foi avisado pela Polícia Federal que a operação Furna da Onça seria deflagrada, em 2018. Os policiais também teriam “segurado a operação” para que ela não fosse realizada antes do 2º turno das eleições daquele ano e atrapalhasse a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

As investigações apontam que Fabrício Queiroz era o operador financeiro do esquema e que o dinheiro era lavado por meio de operações imobiliárias, empreendimentos comerciais e até mesmo por meio do pagamento de despesas pessoais da família de Flávio Bolsonaro.

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