Hamas propõe cessar-fogo de um ano a Israel

Esta imagem tirada de Rafah mostra fumaça subindo após bombardeio israelense sobre Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 15 de fevereiro de 2024, em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas

ROMA, 25 ABR (ANSA) – O Hamas apresentou nesta quinta-feira (25) uma proposta para parar de atacar as forças israelenses em troca de um cessar-fogo de um ano. A oferta consta no último documento entregue pelo Egito a Israel, segundo a agência Tass.

A informação é divulgada no momento em que o gabinete de guerra do premiê Benjamin Netanyahu deve se reunir no quartel-general militar de Kirya, em Tel Aviv, antes de um encontro do gabinete de segurança.

A reunião se concentrará na próxima operação das Forças de Defesas Israelenses (FDI) em Rafah, cidade mais ao sul da Faixa de Gaza, onde permanecem membros do Hamas e Israel acredita que muitos dos reféns restantes da organização estão detidos.

Mais cedo, um membro de alto escalão do Hamas revelou que o grupo fundamentalista islâmico estaria disposto a aceitar uma trégua de cinco anos ou mais e a se desarmar caso Israel concorde com a criação de um Estado Palestino completamente independente.

Em entrevista à agência AP, Khalil Al-Hayya destacou que o território estabelecido para os árabes deveria ter como base as fronteiras anteriores a 1967, ou seja, antes da chamada “Guerra dos Seis Dias”.

No entanto, em declarações ao jornal árabe Araby al-Jadeed, com sede em Londres, o membro do Hamas esclareceu que esta seria apenas uma posição temporária e que os palestinos mantêm “direitos históricos sobre todas as terras palestinas”.

Por fim, Al-Hayya especificou que, em um cenário no qual Israel aceitasse a criação da Palestina e devolvesse refugiados palestinos de acordo com resoluções internacionais, a ala militar do Hamas se dissolveria.

A exigência palestina pelo “direito de retorno” exige que até seis milhões de descendentes de refugiados entrem no território israelense, uma exigência inaceitável para Israel, pois significaria a destruição do Estado de maioria judaica.

Irã – Por outro lado, o Irã voltou a alertar Israel para não expandir a guerra, mas que “responderá a qualquer agressão de uma forma mais avassaladora do que antes”.

O alerta foi feito pelo comandante-chefe do Exército iraniano, Abdolrahim Mousavi, em referência ao ataque de Teerã a Tel Aviv, entre 13 e 14 de abril, em retaliação ao atentado atribuído a Israel contra o consulado iraniano em Damasco. (ANSA).

Com informações de Isoté.

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