General Villas Bôas chama Olavo de Carvalho de ‘Trótsky de direita’

PODER 360 – O general Eduardo Villas Bôas, assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional, chamou o escritor Olavo de Carvalho de “Trótski de direita” na manhã desta 2ª feira (6.mai.2019). A frase é 1 novo desdobramento na rusga entre Olavo, considerado 1 mentor intelectual da gestão Bolsonaro, e os militares do governo.

OLAVO: FOCO EM SANTOS CRUZ

O fim de semana registrou uma escalada na tensão entre Olavo e 1 dos ministros militares do governo, o general Santos Cruz (Secretaria de Governo):

  • Após 1 período de silêncio no Twitter, o escritor publicou na 6ª feira (3.mai) a série de críticas às Forças Armadas. Chamou os militares de “cambada de filhos da puta”;
  • Questionado sobre as mensagens de Olavo, o general Santos Cruz disse no sábado ao Poder360 que o escritor é 1 desocupado esquizofrênico;
  • No domingo (5.mai), circulou pela internet uma entrevista de Santos Cruz em que ele defende uma revisão na regulação de mídias sociais. A hashtag #ForaSantosCruzganhou tração no Twitter.
  • Na 2ª feira, Olavo segue no ataque: disse que não espalhou a hashtag e que Santos Cruz mente, acusando-o de fazê-lo.

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QUEM FOI TRÓTSKI

Leon Trótski (1879-1940), nome mencionado por Villas Bôas para criticar Olavo de Carvalho, foi 1 dos principais líderes bolcheviques da Revolução Russa de 1917, quando o poder foi tomado pelo Partido Comunista. Foi organizador e comandante do Exército Vermelho.

Após a morte de Lênin, o 1º chefe de governo da União Soviética, Trótski entrou em conflito com o sucessor, Josef Stálin. A divergência foi criada em torno das posições “revolução em um só país” X “revolução permanente e internacional”. Grosso modo, Stálin queria consolidar o regime comunista na Rússia e em seus satélites que compunham a União Soviética. Trotky acreditava na “revolução permanente” e dizia que seria necessário ter o comunismo em nível mundial, planetário, para que fosse possível essa ideologia.

Expulso do partido e exilado, Trótski foi perseguido por Stálin. Foi assassinado em Cocoyán, no México, por 1 agente do regime soviético.

Trótski viveu no exílio por muitos anos —como o autoexilado Olavo de Carvalho. A teoria deTrótski nunca prevaleceu. Mas o stalinismo também fracassou de maneira retumbante depois da morte de seu criador.

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