Omar diz que Beto Dangelo é covarde, prefeito mequetrefe e leão de chácara de boate do Rio de Janeiro

Durante muitos anos, o ex-cabo da Polícia Militar do Amazonas, hoje, prefeito de Manacapuru, Beto Dangelo, foi um dos policiais mais respeitado da corporação, apesar de ser, na escala hierárquica, quase um soldado raso.

À época, Beto Dangelo era somente o motorista da matriarca dos Aziz – um deles, governador do Amazonas -, mas o protegido de dona Delfina Aziz.

Além de intocável e de gozar de todas as regalias naturais de uma mulher influente, Beto Dangelo era tratado como o “filho” caçula da matriarca.

Muitos políticos de peso do Amazonas desejaram ter dona Delfina em um dos palanques por eles montados. Não conseguiram.

Beto Dangelo, entretanto, conseguiu e, em 2012, dona Delfina subia no palanque do então candidato à vereador e pediu voto tão somente para ele, o seu motorista querido.

Mas tudo mudou, principalmente, depois que Beto virou prefeito e dona Delfina morreu.

Quarta-feira, 22, em Manacapuru, na condição de candidato à reeleição, o senador Omar Aziz subiu no palanque para pedir votos aos eleitores da cidade.
Antes de iniciar o discurso, correu o olhar para todos os lados e viu aquele que imagina encontrar.

“Covarde, covarde, covarde. Prefeito mequetrefe (insignificante, patife, inconfiável, em outras palavras). Siga com o Amazonino que eu não te quero aqui, eu quero o povo de Manacapuru”.

Omar Aziz estava indignado com a ausência do ex-pupilo de sua falecida mãe. No calor da emoção, lembrou que Beto Dangelo não se dignou sequer de ir ao enterro de dona Delfina, segundo ele, com medo do Amazonino.

“Covarde, covarde, covarde. Sempre faz pra ser e sempre serviu pra ser um leão de chácara de boate do Rio de Janeiro. Em dezembro você vai comprar ônibus, mas não irá comprar a vontade de Deus”.

A alusão feita à compra de ônibus está relacionada ao falatório da compra de 10 ônibus adquiridos por Beto Dangelo e colocados no nome de sua ex-cunhada. Os ônibus estão alugados para o governo do estado.

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