José Melo foge do debate da Band marcado para quinta-feira

“A covardia é o medo aceito; a coragem o medo vencido”. A frase é absolutamente perfeita, inquestionável.

Mas como nada é perfeito neste mundo é bem possível que existam aqueles pré-dispotos a dizer “ora, esse tal de Legouvé, dramatugro fracês, era um daqueles idiotas felizes, que não sabiam de nada. Ou ainda: “fugir não é covardia, é sinônimo de prudência, inteligência e outros babados mais”.

Ok! Ok!Ok! Cada um diz o que quer e o que pensa, como Mussolini, o Dulce, que disse ter feito a “grande marcha sobre Roma”, para ter o poder nas mãos, sem jamais tê-la feito.

José Melo, por exemplo, candidato à reeleição, se recusou, furtivamente, a participar do debate da Band, marcado para quinta-feira, 09, com o candidato Eduardo Braga. Recusou, também, o convite da TV Amazonas, que deu nova oportundade para o candidato se manifestar.

Covardia?

Ora, tomando-se como pressuposto a máxima do dramturgo francês não existe mêdo sem covardia. Nesse caso, se Melo recusou a participar do debate, com medo do tête-à-tête, é porque se acovardou. Logo é covarde.

Nascido, criado e acostumado a enfrentar as vicissitudes da mata, todavia, não parece que José Melo seja covarde. Mas evitar o debate… convenhamos, não dá para pensar diferente.

Todos estão fartos de saber que Melo não é fluente para o debate como os grandes tribunos romanos, que é limitado na proposição de ideias e que tem grandes dificuldades de comunicação.

Mas tudo isso é irrelevante para a democracia. Debater ideias, propostas, ou seja lá o que for, basta ser ousado, ter coragem e “vencer o medo”, como ensina o pensador francês.

Por outro lado, Melo é professor, sabe alguma coisa. Não é igual ao ex-presidente Lula que, mesmo semi-analfabeto, jamais fugiu do debate.

Por isso não deveria fugir, jamais, do confronto. Afinal, só o Melo poderia explicar aos eleitores no dia do debate muitas coisas que precisam de esclarecimento.

Explicar, por exemplo, sobre o uso da máquina pública, sobre o caos na segurança e na saúde e, também, sobre as obras não realizadas e que só existem na propaganda oficial.

É uma pena, mas Melo perdeu uma grande oportunidade de colocar em pratos limpos um montão de coisas porque preferiu fugir.

“A covardia é o medo aceito; a coragem o medo vencido”.

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